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Curitiba tem o primeiro Laboratório de Inovação em Saúde do Brasil
Data de publicação: 17 de maio de 2012
Curitiba é a cidade escolhida pela Opas (Organização Panamericana de Saúde) para ter o primeiro laboratório brasileiro de inovação no manejo de condições crônicas de saúde a partir das unidades básicas de atendimento.
Carta de intenções que formaliza a adesão à estratégia – bem como os resultados que serão registrados com a nova forma de abordagem dos pacientes nos próximos dois anos - foi assinada nesta quinta-feira (16) pelo prefeito Luciano Ducci, pelo secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, pelo secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, pela representante da Opas, Neide Glória Garrido e pelo reitor da PUC, Clemente Ivo Juliatto.
Na prática, Curitiba passa a ser oficialmente o centro de monitoramento e abordagem dos fatores comportamentais que, quando não modificados pela população, contribuem para o desenvolvimento e o agravamento de doenças como diabete, que afeta 11% da população a partir de 40 anos; pressão alta, incidente na faixa a partir dos 30 anos; e depressão, realidade entre 4% e 11%.
As duas primeiras atingem a 277 mil curitibanos, dos quais 190 mil usam a rede pública de saúde. Por isso, o controle eficiente de cada uma é considerado pelo Ministério da Saúde como um desafio a ser vencido.
O prefeito Luciano Ducci falou sobre as mudanças que a saúde de Curitiba vem implantando ao longo dos anos com a implantação dos distritos sanitários, o programa Mãe Curitibana, o sistema integrado da saúde e agora com a implantação de uma nova forma de atenção às condições crônicas. “É um momento especial para essa mudança porque preparamos nossas equipes e temos parceiros comprometidos em melhorar a qualidade de vida das pessoas”, destacou. Ducci informou que a capital tem hoje 100 academias ao ar livre e programas desenvolvidos nas regionais municipais que estimulam as pessoas a ter hábitos saudáveis de vida.
Caberá à secretaria estadual da Saúde levar a experiência a outros municípios do Paraná. “Curitiba tem a capacidade de continuar inovando naquilo que impacta na vida das pessoas e o governo do Estado está levando as experiências de sucesso da capital a todo Paraná”, disse Caputo Neto. Ele citou o programa Mãe Curitibana que reduziu os índices de mortalidade materno-infantil da cidade e agora está sendo aplicado na Rede Estadual Mãe Paranaense.
A representante da Opas destacou a importância do trabalho já iniciado nas unidades de saúde de Curitiba e lembrou que o objetivo final do laboratório de inovação é mudar práticas de saúde, tanto dos profissionais, na abordagem das pessoas, quanto nos hábitos de vida da população. “Devemos entender que tratar as condições crônicas começa na infância. Nossa população está envelhecendo e é errado esperar que a velhice seja acompanhada de doenças”, disse Neide Garrido. Ela lembrou que só teremos uma velhice saudável se formos educados para isso.
O reitor da PUC-PR falou da satisfação em participar do projeto com a responsabilidade de coordenação da pesquisa científica. “Não queremos uma universidade separada do cotidiano das pessoas, por isso esta pesquisa é importante, porque terá resultados que refletem em qualidade de vida”, disse Clemente Ivo Juliatto.
Manuais - O papel dos profissionais de saúde, orientando e incentivando esses pacientes a modificar hábitos relacionados a alimentação e atividade física, entre outras rotinas, é a base da estratégia. Por isso também foram lançadas no evento as duas versões do Manual do Autocuidado Apoiado – uma para profissionais de saúde e outra para os pacientes aprenderem a atuar diretamente sobre a própria saúde e qualidade de vida.
Esses manuais resultam da discussão prévia iniciada entre a Secretaria da Saúde de Curitiba e a Opas, há cerca de dezoito meses, para encaminhar a estratégia. Participaram as equipes e os usuários das unidades de saúde Alvorada, na Regional Cajuru; Moradias Belém, Irmã Teresa Araújo e Waldemar Monastier, na Regional Boqueirão; e Caiuá, Sabará e Bariui, na Regional CIC.
“Curitiba vai iluminar o Brasil – e possivelmente outros países - com uma solução para um problema que nem internacionalmente está resolvido”, disse o consultor da Opas Eugênio Vilaça Mendes. Ele é autor do livro O Cuidado das Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde, que traz elementos da experiência anterior à formalização da cidade como laboratório de inovação na área. “Aqui é uma grande escola onde venho aprender e socializar o aprendizado em benefício de outras comunidades”, completou.
Novas condutas - Há 12 anos na rede municipal de saúde, a dentista Magda Cristina Dias Barbosa da Silva está animada com a nova proposta de trabalho. “Saímos da palestra para a roda de conversa”, resumiu, referindo-se à antiga fórmula de prescrição de condutas aos pacientes para dialogar com eles sobre o dilema entre o que fazer e os entraves para a substituição dos hábitos prejudiciais à saúde.
Integrante da equipe da Unidade Alvorada, pertencente à Estratégia Saúde da Família, Magda se esforça para colocar em prática, na clínica odontológica, o aprendizado acumulado por meio das conversas com a população durante as visitas domiciliares. “No caso da odontologia, conversamos com os pacientes sobre coisas do dia a dia como o que eles comem e o hábito de fumar e o quanto isso é ruim para a saúde bucal. Eles começam a refletir e, pelos próprios meios, como corrigir isso. É gratificante”, conta
Fonte: SESA
Carta de intenções que formaliza a adesão à estratégia – bem como os resultados que serão registrados com a nova forma de abordagem dos pacientes nos próximos dois anos - foi assinada nesta quinta-feira (16) pelo prefeito Luciano Ducci, pelo secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, pelo secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, pela representante da Opas, Neide Glória Garrido e pelo reitor da PUC, Clemente Ivo Juliatto.
Na prática, Curitiba passa a ser oficialmente o centro de monitoramento e abordagem dos fatores comportamentais que, quando não modificados pela população, contribuem para o desenvolvimento e o agravamento de doenças como diabete, que afeta 11% da população a partir de 40 anos; pressão alta, incidente na faixa a partir dos 30 anos; e depressão, realidade entre 4% e 11%.
As duas primeiras atingem a 277 mil curitibanos, dos quais 190 mil usam a rede pública de saúde. Por isso, o controle eficiente de cada uma é considerado pelo Ministério da Saúde como um desafio a ser vencido.
O prefeito Luciano Ducci falou sobre as mudanças que a saúde de Curitiba vem implantando ao longo dos anos com a implantação dos distritos sanitários, o programa Mãe Curitibana, o sistema integrado da saúde e agora com a implantação de uma nova forma de atenção às condições crônicas. “É um momento especial para essa mudança porque preparamos nossas equipes e temos parceiros comprometidos em melhorar a qualidade de vida das pessoas”, destacou. Ducci informou que a capital tem hoje 100 academias ao ar livre e programas desenvolvidos nas regionais municipais que estimulam as pessoas a ter hábitos saudáveis de vida.
Caberá à secretaria estadual da Saúde levar a experiência a outros municípios do Paraná. “Curitiba tem a capacidade de continuar inovando naquilo que impacta na vida das pessoas e o governo do Estado está levando as experiências de sucesso da capital a todo Paraná”, disse Caputo Neto. Ele citou o programa Mãe Curitibana que reduziu os índices de mortalidade materno-infantil da cidade e agora está sendo aplicado na Rede Estadual Mãe Paranaense.
A representante da Opas destacou a importância do trabalho já iniciado nas unidades de saúde de Curitiba e lembrou que o objetivo final do laboratório de inovação é mudar práticas de saúde, tanto dos profissionais, na abordagem das pessoas, quanto nos hábitos de vida da população. “Devemos entender que tratar as condições crônicas começa na infância. Nossa população está envelhecendo e é errado esperar que a velhice seja acompanhada de doenças”, disse Neide Garrido. Ela lembrou que só teremos uma velhice saudável se formos educados para isso.
O reitor da PUC-PR falou da satisfação em participar do projeto com a responsabilidade de coordenação da pesquisa científica. “Não queremos uma universidade separada do cotidiano das pessoas, por isso esta pesquisa é importante, porque terá resultados que refletem em qualidade de vida”, disse Clemente Ivo Juliatto.
Manuais - O papel dos profissionais de saúde, orientando e incentivando esses pacientes a modificar hábitos relacionados a alimentação e atividade física, entre outras rotinas, é a base da estratégia. Por isso também foram lançadas no evento as duas versões do Manual do Autocuidado Apoiado – uma para profissionais de saúde e outra para os pacientes aprenderem a atuar diretamente sobre a própria saúde e qualidade de vida.
Esses manuais resultam da discussão prévia iniciada entre a Secretaria da Saúde de Curitiba e a Opas, há cerca de dezoito meses, para encaminhar a estratégia. Participaram as equipes e os usuários das unidades de saúde Alvorada, na Regional Cajuru; Moradias Belém, Irmã Teresa Araújo e Waldemar Monastier, na Regional Boqueirão; e Caiuá, Sabará e Bariui, na Regional CIC.
“Curitiba vai iluminar o Brasil – e possivelmente outros países - com uma solução para um problema que nem internacionalmente está resolvido”, disse o consultor da Opas Eugênio Vilaça Mendes. Ele é autor do livro O Cuidado das Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde, que traz elementos da experiência anterior à formalização da cidade como laboratório de inovação na área. “Aqui é uma grande escola onde venho aprender e socializar o aprendizado em benefício de outras comunidades”, completou.
Novas condutas - Há 12 anos na rede municipal de saúde, a dentista Magda Cristina Dias Barbosa da Silva está animada com a nova proposta de trabalho. “Saímos da palestra para a roda de conversa”, resumiu, referindo-se à antiga fórmula de prescrição de condutas aos pacientes para dialogar com eles sobre o dilema entre o que fazer e os entraves para a substituição dos hábitos prejudiciais à saúde.
Integrante da equipe da Unidade Alvorada, pertencente à Estratégia Saúde da Família, Magda se esforça para colocar em prática, na clínica odontológica, o aprendizado acumulado por meio das conversas com a população durante as visitas domiciliares. “No caso da odontologia, conversamos com os pacientes sobre coisas do dia a dia como o que eles comem e o hábito de fumar e o quanto isso é ruim para a saúde bucal. Eles começam a refletir e, pelos próprios meios, como corrigir isso. É gratificante”, conta
Fonte: SESA
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