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Notícias

Cresce em 29% o uso de coquetel antiaids


Data de publicação: 5 de dezembro de 2014

O número de pessoas que usam medicamentos antiaids no Brasil cresceu 29% em relação ao ano passado. De janeiro a outubro, 61.221 pacientes iniciaram a terapia para controlar o HIV, conforme divulgado ontem pelo Ministério da Saúde.

O crescimento é reflexo da mudança no protocolo nacional, anunciada em dezembro de 2013. Até então, o tratamento era iniciado apenas a partir de uma determinada fase da doença, de acordo com as taxas de vírus circulante no organismo e o comprometimento do sistema imunológico.

Atualmente, a terapia pode ser iniciada assim que o diagnóstico do HIV é realizado, desde que seja a vontade do paciente. A mudança segue uma tendência internacional.

O governo estuda agora a ampliação da estratégia de terapia pré-exposição – quando grupos de alto risco para a doença passam a tomar de forma rotineira antirretrovirais, não para tratamento, mas para evitar o contágio.

Um estudo está sendo realizado em sete cidades do País, com 1.300 pessoas. Os resultados devem ficar prontos no próximo ano.

Desafios
Conforme os dados divulgados ontem, a aids continua avançando no Brasil entre homens que fazem sexo com homens.

O número de casos notificados, que era de 36,6% em 2008, passou para 43,2% em 2013.O aumento se dá em todas as regiões do País e em todas as faixas etárias, com exceção dos que têm mais de 50 anos.

“É uma preocupação, sobretudo entre a população mais jovem”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, em cerimônia pelo Dia Mundial de Luta Contra a Aids.

Para conter essa tendência, o ministério estuda a adoção de novas estratégias de prevenção, principalmente em sites de encontros.

“Ações nas escolas apresentam uma série de dificuldades: resistência de professores, de diretores.

Precisamos falar diretamente para esse público.” O Brasil registrou no ano passado 39.501 novos casos de aids.

A taxa de detecção da doença é de 20,4 casos a cada 100 mil habitantes, um indicador que se mantém estável em um patamar considerado alto. Os dados mostram ainda uma tendência de que danos indicadores de mortalidade na última década.

Em 2004, eram registrados 6,1 óbitos para cada 100 mil habitantes. Noano passado, a relação era de 5,7 para cada 100 mil. A redução, no entanto, é verificada no Sudeste e Sul. No Norte, as taxas aumentaram 75% e no Nordeste, 41,9%.

Sem saber
A meta do governo é ampliar para 90% o número de pessoas testadas para HIV no País. Chioro ressalta que outro desafio a se enfrentar é reduzir o número de pessoas que atualmente não sabem ser portadoras do vírus. A estimativa é de que sejam 150 mil.
 
Fonte: Estadão


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