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Estudo busca forma de prever câncer antes do mal se manifestar
Fonte: CFF
Data de publicação: 4 de maio de 2015
Créditos: O Globo
No futuro, um simples exame de sangue seria capaz de diagnosticar o câncer anos antes de a doença começar a se manifestar num indivíduo. Essa é a aposta de um grupo de pesquisadores americanos, que desvendou um padrão que ocorre antes de a doença se desenvolver nos chamados telômeros, estruturas presentes nas “pontas” dos cromossomos e que protegem o DNA de mutações prejudiciais.
Os telômeros encurtam cada vez que uma célula se divide e vão diminuindo ao longo da vida no processo natural de envelhecimento. Porém, disfunções nessas estruturas acarretam doenças ligadas ao avanço da idade, como câncer, mal de Alzheimer e de Parkinson. Por isso, descobrir como preservá-los pode ser a chave para a longevidade, e este é o foco de pesquisas ao redor do mundo.
PADRÃO PARA VÁRIOS CÂNCERES
No estudo das universidades de Northwestern e Harvard, os cientistas observaram diversas medidas de telômeros do sangue por um período de 13 anos, em 792 pessoas, das quais 135 foram diagnosticadas com diferentes tipos de tumor, incluindo próstata, pele, pulmão, leucemia e outros.
Nesse grupo, os pesquisadores notaram que os telômeros encurtavam mais rápido em indivíduos que depois desenvolveram câncer. Em média, a diferença do comprimento dos telômeros entre os potencialmente doentes e os saudáveis era de 15 anos. Em seguida, o acelerado processo simplesmente parava entre três e quatro anos antes do diagnóstico.
Segundo os pesquisadores, esse padrão — de encurtamento rápido seguido de uma estabilização — poderia levar a um novo biomarcador preditivo para o câncer. Esses resultados foram publicados num estudo na “EBioMedicine”, um novo periódico da Elsevier em colaboração com as revistas científicas “The Lancet” e “Cell Press”.
— Esta é a primeira vez que se registra o comportamento específico dos telômeros antes do desenvolvimento do câncer — afirmou Lifang Hou, autora principal do estudo e professora de medicina preventiva da Universidade de Northwestern. — Notamos este padrão em uma ampla variedade de cânceres, portanto o teste certo poderia ser usado para diagnosticar todos eles.
Pela lógica, os cientistas esperavam que as células de pacientes com câncer iriam se dividir descontroladamente, reduzindo progressivamente os telômeros até chegar à autodestruição. Mas, no estudo, eles notaram que não é isso que ocorre: o câncer interrompe o encurtamento para se espalhar pelo corpo. Segundo Lifang Hou, descobrir como o tumor faz isso poderia servir de base a uma nova terapia que provocasse a autodestruição das células cancerígenas, sem prejudicar as saudáveis.
Fonte: O Globo
PADRÃO PARA VÁRIOS CÂNCERES
No estudo das universidades de Northwestern e Harvard, os cientistas observaram diversas medidas de telômeros do sangue por um período de 13 anos, em 792 pessoas, das quais 135 foram diagnosticadas com diferentes tipos de tumor, incluindo próstata, pele, pulmão, leucemia e outros.
Nesse grupo, os pesquisadores notaram que os telômeros encurtavam mais rápido em indivíduos que depois desenvolveram câncer. Em média, a diferença do comprimento dos telômeros entre os potencialmente doentes e os saudáveis era de 15 anos. Em seguida, o acelerado processo simplesmente parava entre três e quatro anos antes do diagnóstico.
Segundo os pesquisadores, esse padrão — de encurtamento rápido seguido de uma estabilização — poderia levar a um novo biomarcador preditivo para o câncer. Esses resultados foram publicados num estudo na “EBioMedicine”, um novo periódico da Elsevier em colaboração com as revistas científicas “The Lancet” e “Cell Press”.
— Esta é a primeira vez que se registra o comportamento específico dos telômeros antes do desenvolvimento do câncer — afirmou Lifang Hou, autora principal do estudo e professora de medicina preventiva da Universidade de Northwestern. — Notamos este padrão em uma ampla variedade de cânceres, portanto o teste certo poderia ser usado para diagnosticar todos eles.
Pela lógica, os cientistas esperavam que as células de pacientes com câncer iriam se dividir descontroladamente, reduzindo progressivamente os telômeros até chegar à autodestruição. Mas, no estudo, eles notaram que não é isso que ocorre: o câncer interrompe o encurtamento para se espalhar pelo corpo. Segundo Lifang Hou, descobrir como o tumor faz isso poderia servir de base a uma nova terapia que provocasse a autodestruição das células cancerígenas, sem prejudicar as saudáveis.
Fonte: O Globo