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Mulheres têm mais risco de morte após tratamento de ataque cardíaco, diz pesquisa
Fonte: O Globo
Data de publicação: 31 de agosto de 2015
Mulheres têm mais chances de morrer após o tratamento de um ataque cardíaco do que homens, segundo uma pesquisa divulgada recentemente pelo Centro de Pesquisa Cardiovascular de Paris. Elas também são menos propensas a passar por um procedimento de angioplastia. Segundo especialistas, isso pode ocorrer porque as mulheres tendem a estar mais velhas quando sofrem ataques cardíacos, além de terem mais chances de sofrer diabetes.
Mas os pesquisadores também sugeriram que o fato de menos mulheres receberem angioplastia - procedimento destinado a reparar um vaso deformado, estreitado ou dilatado - poderia ser até fruto de uma "atitude errada dos médicos".
A equipe analisou dados de 11.420 pessoas na área metropolitana de Paris que sofreram uma parada cardíaca enquanto não estavam em hospitais. A taxa de sobrevivência pré-hospitalar para as mulheres foi de 18% e para os homens, 26%. Já a angioplastia foi realizada em 26% das mulheres e 36% dos homens.
O professor Carlo Di Mario, líder da equipe de doença cardíaca coronária complexa do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde em Londres, analisou os motivos por trás dessa realidade:
- Quando elas têm um ataque cardíaco, são geralmente mais velhas e tendem a ser diabéticas com mais frequência, sendo que ambos são importantes aspectos que aumentam o risco de mortalidade.
Segundo ele, tais condições pré-existentes não podem ser revertidas mesmo com o melhor tratamento. Por outro lado, é pouco provável que estes fatores sejam a única razão para a maior mortalidade de mulheres.
- A comunidade médica ainda precisa descobrir quanto desse desequilíbrio entre os sexos na angioplastia se deve às características inerentes da população feminina ou a uma atitude errada dos médicos - pontuou.