Free cookie consent management tool by TermsFeed

Utilize o teclado para navegar, com Ctrl + nº da tecla

  Menu   Conteúdo   Busca   Lei Geral de Proteção de Dados   Acessibilidade
  Fonte Maior   Fonte Maior   Fonte Padrão
  Cor Original   Contraste
Notícias

Cresce demanda por genéricos, mas insumo mais caro reduz faturamento


Fonte: Diário Comércio Indústria e Serviços
Data de publicação: 30 de setembro de 2015

A venda de genéricos vem crescendo acima da média do setor farmacêutico, impulsionada pela demanda dos consumidores que procuram economizar. Mas a alta acentuada do dólar nas últimas semanas pode atrapalhar o desempenho das fabricantes neste ano.

Com a disparada do câmbio, o custo das farmacêuticas com matéria-prima, na maioria importada, tem pressionado mais as margens de lucro. "A demanda de genéricos tende a aumentar na crise, mas com insumo mais caro, parte do ganho é perdido", explica o diretor executivo da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), Geraldo Monteiro.

Apesar de ser mais barato, a categoria já registra uma desaceleração no ritmo de expansão, segundo a presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Telma Salles. "Mesmo sendo um mercado que ainda cresce, percebemos que o consumo de medicamentos de maneira geral está menor neste ano", diz. Diante disso, a Pró Genéricos já revisou a projeção de alta de 15% no volume de vendas para o ano. "A expectativa agora é manter o 12,3% de crescimento do primeiro semestre", acrescenta.

Outro fator que pode impactar o avanço dos genéricos é a possível retirada de aportes do governo ao programa de subsídio à compra de medicamentos Aqui Tem Farmácia Popular.

A proposta encaminhada para o Congresso Nacional para o orçamento de 2016 prevê repasse zero para o Farmácia Popular, que neste ano deve receber R$ 578 milhões. O programa, em funcionamento desde 2006, permite a compra de remédios com desconto em farmácias credenciadas. "Se a proposta passar, esse corte afeta sim as fabricantes e esperamos que o governo reconsidere", declara a presidente da Pró Genéricos. Ela esclarece que ainda não é possível estimar o impacto da medida sobre o setor, mas ressalta que os genéricos respondem por cerca de 80% dos produtos vendidos por meio do programa Farmácia Popular.

Estratégia

Enquanto isso, as empresas saem em busca de alternativas para reduzir o impacto cambial e manter competitividade. A EMS adotou algumas práticas para reduzir custos. Hoje, 95% da sua matéria-prima é importada. "Estamos num processo de redução de custos para tentar recompor a alta do dólar, inclusive buscando aumentar o volume de produção para ganhar economia de escala", revela o diretor comercial da unidade de genéricos da EMS, Aramis Domont.

A exportação, ainda pouco representativa no total comercializado pela farmacêutica, é apontada pelo executivo como uma das alternativas para manter a rentabilidade. "Como exportamos, o dólar alto favorece. Mas hoje apenas 2% do faturamento vêm dessas vendas. A ideia é que esse percentual cresça nos próximos anos", afirma. Do total vendido para outros países, 90% é composto por genéricos.

"Acreditamos que o dólar tende a se desvalorizar um pouco e não permanecer nesse patamar atual. Mas, se isso não ocorrer, precisaremos rever a nossa grade de custos e discutir a situação com o governo, que regula os preços no setor".

Com a redução dos custos e a ampliação da produção de genéricos, a EMS espera fechar o ano com volume de vendas 20% maior ante 2014.

Já a paranaense Prati-Donaduzzi também vê nas exportações uma alternativa para manter a expansão no médio e longo prazo. De acordo com o vice-presidente da Prati, Eder Maffissoni, a empresa tem procurado novos mercados potenciais em outros países.

"Queremos exportar para os Estados Unidos, sendo a primeira empresa a comercializar por lá medicamentos produzidos no Brasil", conta. A previsão é que os genéricos da fabricante passem a ser exportados no meio de 2016.

Maffissoni acredita que a operação pode ajudar a equilibrar o efeito do câmbio no faturamento da Prati. Ele reconhece, entretanto, que ainda levará tempo para que o volume de vendas para o mercado externo tenha relevância nos negócios para compensar o aumento dos insumos.

Concorrência

"Além disso, ainda há muita demanda retraída no mercado interno, por isso o Brasil segue como nosso foco", comenta. Nos primeiros oito meses do ano, a Prati avançou 25% em faturamento, com o volume crescendo um pouco acima desse percentual. Segundo o executivo, essa diferença é reflexo do aumento da concorrência na categoria de genéricos, que tem levado a uma redução nos preços médios.

"Percebemos, do início do ano para cá, uma leve queda nos preços. Isso tem uma relação direta com a concorrência maior este ano", afirma.

Na avaliação dele, a disputa por preço é mais agressiva entre as fabricantes nacionais, já que as multinacionais concorrentes têm políticas de precificação mais conservadoras.

"Nossa principal estratégia para fazer frente a essa disputa tem sido investir em uma malha logística eficiente, para entregar o mais rápido possível as encomendas e ter a menor ruptura do mercado", cita ele.

Na Torrent do Brasil, o impacto da alta do dólar tem sido maior que nas fabricantes locais. A companhia importa 100% dos genéricos comercializados no País.

"Temos um impacto direto no custo do produto, porém, apesar da margem apertada, mantemos os preços", diz o diretor-presidente empresa, Tadeu Strongolli. A receita com vendas até setembro ficou 15% acima do previsto. A Torrent espera encerrar o ano com alta de 10% no faturamento.


sync
IRT

Ingresso de Responsabilidade Técnica.

info
Defesa de Auto de Infração

Defesa de Auto de Infração

folder
Registro

Registro

folder_open
Solicitações de Documentos

Documentos

upload_file
Baixa de Responsabilidade Técnica

Baixa de Responsabilidade Técnica

history
Alteração de Horário

Alteração de Horário




Redes Sociais

topo