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Cientistas criam células capazes de produzir insulina


Data de publicação: 13 de abril de 2016

Cientistas americanos anunciaram nesta quarta-feira a descoberta de uma proteína capaz de criar células que secretam insulina, o hormônio que regula o nível de glicose no sangue. Como todas as pesquisas relacionadas ao diabetes, a equipe do Instituto Salk, na Califórnia (EUA), tentou primeiro converter células-tronco embrionárias em células beta funcionais, mas não teve sucesso. Até agora, todos os estudos paravam neste ponto, porque o resultante eram células beta imaturas, incapazes de secretar insulina.

Desta vez, porém, o biólogo molecular Ronald Evans conseguiu superar este obstáculo: em um experimento com ratos, ele identificou a proteína ERR-gama, e a acrescentou às células beta imaturas. Com isso, obteve células funcionais.

Depois, o pesquisador percebeu que a quantidade dessa proteína era muito maior em células funcionais do que nas imaturas, acelerando o crescimento das mitocôndrias — organela celular responsável pelo metabolismo da glicose e a síntese de energia do organismo. Era como se o motor produtor da insulina tivesse sido “ligado”.

— Encontramos o elemento que faltava para a produção de células beta humanas robustas e funcionais, e que pode levar a um novo tratamento para o diabetes — conta Evans, que publicou seu estudo na revista “Cell Metabolism”. — Superamos um grande bloqueio.

Produção rápida de energia

De acordo com o pesquisador, a ERR-gama tem ação importante em diversos tipos de célula, como as musculares e as cerebrais, já que permite a produção rápida de energia.

— Quando eliminamos esta proteína dos animais, a resposta à glicose também é eliminada. Isso mostra como a ERR-gama é importante para conseguirmos uma célula beta funcional — explica Evans. — Esta produção poderá ser ininterrupta. É uma nova era no tratamento do diabetes.

Professora de pós-graduação de Endocrinologia da PUC-Rio, Isabela Bussade acredita que a pesquisa “acrescenta mais uma peça no quebra-cabeças da terapia molecular do diabético”. Os beneficiados, avalia, são os portadores do diabetes tipo 1, que correspondem a aproximadamente 5% dos diabéticos do mundo.

— Os pacientes com diabetes tipo 1 não têm células beta funcionais e precisam de uma aplicação diária de insulina. A terapia proposta na pesquisa, se for desenvolvida, pode suprir esta necessidade — explica. — O diabetes tipo 2 não é ligado a deficiências na produção de insulina, e sim a resistências da ação desse hormônio.

'É como um transplante'

O diagnóstico é confirmado por Ana Carolina Nader, diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia no Rio (SBEM-RJ):

— A maior dificuldade do diabetes tipo 1 é que ele destrói as células beta. A partir deste estudo, podemos pensar em modos de reinseri-las no organismo. É como se fosse um transplante de um órgão novo — compara Ana, que também é endocrinologista do Hospital Federal dos Servidores do Estado. — Mas ainda falta estudar se este procedimento terá um resultado definitivo ou se, depois de um tempo, o organismo pode rejeitar essas células.

Ana Carolina destaca por que a cura do diabetes sempre passou pela maior compreensão sobre o potencial das células-tronco embrionárias:

— Como estas células têm capacidade de se transformar em qualquer tecido, acreditava-se que elas seriam capazes de curar qualquer doença. No diabetes, porém, isso nunca se confirmou. Só conseguíamos células beta que não eram funcionais — destaca. — Agora finalmente descobrimos que esta proteína é fundamental para a ação celular, devido a sua reação ao nível de glicose no sangue.

Para Michael Downes, coautor do esttudo, o avanço resultará em uma resposta mais bem controlada da insulina do que a disponível atualmente.

— Antes não se sabia nada sobre o processo de maturação das células beta. Procuramos em uma caixa preta e agora sabemos o que está ali — diz ele, que classifica a técnica como fácil, rápida e barata.

Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde divulgou um relatório alertando que o número de diabéticos no mundo é quatro vezes maior do que em 1980. O número de casos da enfermidade aumentou principalmente nos países em desenvolvimento. No Brasil, existem cerca de 16 milhões de diabéticos.

Fonte: O Globo

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