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OMS descarta cancelar ou mudar sede da Olimpíada por zika


Data de publicação: 30 de maio de 2016

Cancelar ou mudar a sede da Olimpíada do Rio de Janeiro 2016 não mudaria radicalmente a propagação do vírus da zika, estimou a Organização Mundial da Saúde (OMS), depois que 150 especialistas propuseram adiar ou transferir a competição mundial.

Até o momento, "cancelar ou mudar a sede dos Jogos Olímpicos não mudaria de maneira significativa a propagação internacional do vírus da zika", estimou a OMS em um comunicado publicado na noite de sexta-feira (27).

O Brasil é o país mais atingido pelo vírus da zika, com cerca de 1 milhão e meio de pessoas afetadas desde 2015. Sessenta países registraram casos deste vírus, que se propaga através de mosquitos.

"As pessoas seguem viajando a estes países por muitos motivos, a melhor maneira de reduzir o risco é seguir as recomendações de saúde pública", sustentou a OMS.

Mais de 150 especialistas pediram na sexta-feira (27) em uma carta aberta para adiar ou mudar a sede da Olimpíada prevista em agosto no Rio de Janeiro devido ao surto de zika.

"Toma-se um risco desnecessário quando 500.000 turistas estrangeiros, provenientes de todo o mundo, se dirigem aos Jogos e se expõem à cepa, antes de voltar aos seus países, onde a infecção pode se tornar endêmica", escreveram.

"Nossa maior preocupação é a saúde pública mundial. A cepa brasileira do vírus da zika afeta a saúde de maneiras que a ciência nunca havia observado antes", disseram na carta médicos e pesquisadores das principais universidades do mundo.

O vírus da zika pode causar transtornos neurológicos e microcefalia, uma malformação na qual a criança nasce com uma cabeça pequena ou na qual a cabeça para de crescer depois do parto.

A OMS recomendou que as mulheres grávidas não viajem aos países ou regiões onde foram registrados casos de transmissão sexual do vírus da zika o que inclui o Rio de Janeiro.

As pessoas que querem viajar ao Brasil para a Olimpíada devem seguir as recomendações de saúde pública de seus países antes de partir e consultar um médico, acrescentou a OMS.

"A OMS seguirá a situação de perto e adaptará suas recomendações caso seja necessário", concluiu a organização internacional.

Fonte: G1


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