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Pesquisas indicam que anticorpos para dengue podem potencializar infecção pelo vírus zika


Data de publicação: 5 de julho de 2016

Dois estudos publicados recentemente indicam que anticorpos contra a dengue podem reagir de forma cruzada com o vírus zika, podendo tanto neutralizar quanto potencializar a doença. Os resultados obtidos em laboratório levantam questionamentos sobre a vacina contra a dengue e a possibilidade de a imunização agravar os quadros de infecção.

O primeiro trabalho, conduzido pelo centro de vacinas da Emory University (EUA) em colaboração com pesquisadores da Tailândia, mostra que há quatro estirpes do vírus da dengue e que a infecção por uma cepa não garante imunidade contra as outras três, pelo contrário: uma segunda infecção por uma cepa diferente pode aumentar o risco de evolução para um quadro de dengue hemorrágica.

É como se os anticorpos pré-existentes para a primeira estirpe fossem incapazes de proteger as células e contribuíssem para o ataque ao organismo. Esse processo é conhecido como antibody-dependent enhancement (ADE).

A suspeita é de que o mesmo processo ocorra a partir do “encontro” dos anticorpos da dengue e do zika vírus – em outras palavras, de que uma pessoa que já possuí anticorpos para dengue, se infectada pelo zika, desenvolva um quadro mais grave da doença. “É importante saber se anticorpos anti-dengue facilitam a penetração da barreira placentária pelo zika vírus, permitindo o acesso ao feto em desenvolvimento”, explica o médico Mehul Suthar, co-autor do estudo.

A descoberta dos pesquisadores do Emory Vaccine Center dialoga com um estudo conduzido pelo Imperial College London e publicado recentemente na revista científica Nature Immunology. O texto apresenta resultados que mostram uma interação complexa entre os vírus da dengue e do zika e destaca a possibilidade de que a pré-existência de imunidade contra a dengue seja uma das razões para a explosão de casos de zika e suas complicações no Brasil.

O desafio da vacina

A ocorrência de ADE foi identificada pela primeira vez há quase 50 anos na infecção pelo vírus da dengue e acredita-se ser esse um dos fatores que explicam a gravidade dos casos de segunda infecção por dengue. “O risco de ADE fez com que o desenvolvimento de vacinas contra a dengue fosse particularmente difícil.”

Os pesquisadores mencionam a vacina contra a dengue produzida pela Sanofi Pasteur, que acaba de ser licenciada em vários países, inclusive no Brasil. Segundo o texto, a estimativa é de que o medicamento reduza a incidência da doença em 10-30% em um período de 30 anos.

Entretanto, uma análise dos testes da vacina, apontam os cientistas do Imperial College, levanta algumas preocupações. Em grupos de pacientes com menos de 9 anos de idade, a hospitalização por dengue foi maior entre as crianças vacinadas do que no grupo não vacinado. Isso, diz o estudo, pode indicar a ocorrência de ADE, o que significa que, embora imunizadas, as crianças não estão protegidas pela vacina. Por essa razão, o medicamento não está licenciado para uso em crianças menores de 9 anos.

Agora, esses dois estudos indicam que a imunização contra a dengue pode gerar um agravamento dos surtos de zika e que talvez seja necessário pensar em uma resposta à combinação dos dois vírus. “Nossos dados indicam que a imunidade à dengue tem implicações claras para a patogênese (a forma como agentes agridem nosso organismo e como as defesas naturais reagem) do zika vírus e para programas de vacinação futuros para zika e dengue”, diz o artigo da Nature Immunology.

De acordo com Jens Wrammert, do Emory Vaccine Center, a criação de vacinas ou terapias baseadas em anticorpos ainda deve levar em consideração que a gravidade da infecção pelo zika pode ser diferente em áreas de dengue endêmica ou entre pessoas que já contraíram dengue e aqueles que nunca tiveram a doença.

Fonte: Gazeta do Povo

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