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Notícias

Anvisa esclarece denúncia sobre falta de fiscalização de medicamentos


Data de publicação: 13 de dezembro de 2013

Uma denúncia de avaliação inadequada dos medicamentos no Brasil, feita por um documento aprovado na Bienal da Academia Cearense de Medicina, suscitou a audiência pública sobre o assunto na Comissão de Seguridade Social e Família nesta quinta-feira (12).

O texto aprovado em maio deste ano chama a atenção de que apenas 51% dos medicamentos comercializados no Brasil são fiscalizados adequadamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O gerente de Monitoramento da Qualidade e Fiscalização de Insumos Farmacêuticos, Propaganda e Publicidade da Anvisa, Tiago Lanius Rauber, afirmou que essa é uma impressão falsa.

De acordo com o gerente, todas as notificações recebidas pela Anvisa são avaliadas, mas nem todas são investigadas. "Nós recebemos em torno de 8 mil reclamações por ano. Não é possível investigar 100% dos casos. É feita uma avaliação de risco. Ela não foi investigada, mas a gente identificou que o risco não era tão alto a ponto de justificar. Existem outras queixas mais importantes que merecem uma ação mais rápida da vigilância sanitária."


Crescimento de vendas de medicamentos

Segundo o presidente da Comissão Científica da Academia Cearense de Medicina, José Iran de Carvalho Rabelo, a taxa de crescimento de vendas de medicamentos no Brasil é seis vezes maior do que nos países desenvolvidos, o que dá ao País o sétimo lugar no mercado consumidor de medicamentos.

O Brasil tem três tipos de medicamentos: os de referência ou de marca, os genéricos e os similares. José Iran acha perigoso os medicamentos similares serem comercializados sem terem sido submetidos a testes de bioequivalência, que avaliam a dosagem do princípio ativo nos remédios, um item considerado importante na indústria farmacêutica e que inviabilizaria o comércio em outros países.

Uma resolução de 2003 da Anvisa (134/03) deu prazo até 2014 para a indústria de medicamentos similares apresentarem estudos complementares de bioequivalência farmacêutica.


Fonte: Agência Câmara de Notícias




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