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Notícias

CRF-PR apoia I Encontro de Fitoterápicos do Sudoeste do Paraná


Data de publicação: 26 de agosto de 2014

A Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), campus de Francisco Beltrão, promoveu o Encontro de Fitoterápicos do Sudoeste do Paraná. Profissionais da saúde, acadêmicos dos cursos de Medicina, Enfermagem, Nutrição e Farmácia, estudantes do Colégio Agrícola e mulheres agricultoras da região se reuniram no auditório da universidade para debater o tema. 

O encontro que teve o apoio do CRF-PR, Conselho Regional de Farmácia do Paraná começou na manhã do dia 19/08, e se estendeu até o fim da tarde. Presente no evento, a Vice-Presidente do CRF-PR, Dra. Mirian Ramos Fiorentin, disse que o momento é propício para discutir as possibilidades e novas perspectivas do uso de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos no mercado brasileiro. 

Dra. Mirian elogiou a iniciativa da Unioeste em discutir o assunto e fomentar ações para que as plantas medicinais sejam cada vez mais utilizadas como remédios, inclusive pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Percebemos que muito do que se tem do tradicional, da medicina tradicional e dos medicamentos, já não são suficientes para as mazelas da sociedade, então existem alternativas para explorar esse campo. Aqui é mais um passo que se dá na caminhada e conclusão deste sonho." O evento também contou com a participação do Farmacêutico, Dr. Juliano Gazzi, Coordenador da Seccional CRF-PR do Sudoeste e membro da Comissão de Assistência Farmacêutica no Serviço Público.

O professor do curso de Farmácia da Unipar (Universidade Paranaense), campus de Toledo, Euclides Lara Cardoso Junior, participou do encontro e trouxe suas experiências no cultivo de plantas medicinais na região Oeste do Estado. 

Segundo o docente, especialmente nas cidades de Toledo, Pato Bragado e Foz do Iguaçu, há muitos avanços em relação ao tema e experiências estão sendo colocadas em prática. "Estamos incentivando a cadeia produtiva de medicamentos fitoterápicos, desde a produção primária do agricultor familiar até a elaboração do medicamento, sua industrialização e, por fim, a utilização no sistema de saúde pública", salientou.

Uma das palestrantes do encontro, a coordenadora nacional de Assistência Farmacêutica, Kátia Torres, explanou em sua fala os avanços da política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos, bem como o apoio do Ministério da Saúde aos municípios e Estados para que possam estruturar a assistência farmacêutica neste sentido. Kátia comentou também sobre o que tem sido feito para auxiliar os arranjos locais de plantas medicinais no âmbito do SUS.

Conforme Kátia, já existem muitos medicamentos fitoterápicos registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e sistematicamente o órgão tem revisado as legislações para adequar o cultivo e uso de acordo com a polícia do programa nacional do mercado de plantas medicinais. A coordenadora afirmou que este mercado cresce algo em torno de 10% ao ano, mas ainda há muito que avançar. "O objetivo é apoiar para que tanto farmácias quanto indústrias possam estimular essa produção."

A decisão de debater o tema surgiu da necessidade de expandir as ações e mostrar o que tem sido feito na região Sudoeste e o que ainda precisa melhorar. O encontro nasceu de uma parceria com a professora Roseli, que coordena o projeto de pesquisa e extensão com as mulheres agriculturas do Sudoeste. 

Com apoio do Grupo de Estudo e Saúde Coletiva e o colegiado de Medicina, o primeiro encontro de fitoterápicos do Sudoeste se consolidou, com o intuito de sensibilizar a comunidade sobre o uso de plantas medicinais como medicamentos. O encontro visa também mostrar a necessidade de incluir estes medicamentos na saúde pública. 

Fonte: Jornal de Beltrão


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