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Antidepressivo pode mudar estrutura do cérebro
Fonte: Veja
Data de publicação: 22 de setembro de 2014
Uma única dose do antidepressivo escitalopram (também conhecido pelo comercial de Lexapro) pode mudar a estrutura do cérebro. A mudança nas conexões cerebrais ocorre depois três horas da ingestão do medicamento. Essa é a conclusão de um estudo publicado na quinta-feira no periódico Current Biology.
O escitalopram é de uma classe de medicamentos chamada de inibidores seletivos de receptação (SSRI, na sigla em inglês). Esse tipo de remédio ajusta a disponibilidade da serotonina, neurotransmissor que regula o humor, no corpo. Ele diminui a sua reabsorção pelo organismo.
O estudo observou 22 pessoas saudáveis, das quais uma parte tomou o medicamento e outra não. Cada grupo foi submetido a três ressonâncias magnéticas em dias distintos: uma sem que os participantes ingerissem qualquer substância; a segunda três horas depois da ingestão de uma dose de Lexapro (para os voluntários que tomaram o remédio) e a última três horas depois de uma dose de placebo. Os cientistas, então, compararam as conexões cerebrais entre os voluntários em todas as fases da pesquisa.
Conexão cerebral
Os exames revelaram que diminuiu a conectividade entre as células cerebrais das pessoas que tomaram escitalopram. Além disso, as regiões do cérebro se tornaram mais interdependentes. Essa característica foi notada, principalmente, no cerebelo, que coordena o movimento voluntário, e no tálamo, responsável pela parte sensorial.
Os exames revelaram que diminuiu a conectividade entre as células cerebrais das pessoas que tomaram escitalopram. Além disso, as regiões do cérebro se tornaram mais interdependentes. Essa característica foi notada, principalmente, no cerebelo, que coordena o movimento voluntário, e no tálamo, responsável pela parte sensorial.
"Nós não esperávamos que esse medicamento tivesse um efeito tão eminente em um prazo tão curto e que o efeito afetaria todo o cérebro", diz Julia Sacher, do Instituto Max Planck para Cognição Humana e Ciências do Cérebro, na Alemanha.
Os cientistas dizem que os resultados são os primeiros passos para estudos clínicos que analisam pacientes que sofrem de depressão. "Entender a reação de cada cérebro pode ajudar a prever de forma eficiente quem vai se beneficiar deste tipo de antidepressivo, ou não", explica Julia.
Fonte: Veja
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