Free cookie consent management tool by TermsFeed

Utilize o teclado para navegar, com Ctrl + nº da tecla

  Menu   Conteúdo   Busca   Lei Geral de Proteção de Dados   Acessibilidade
  Fonte Maior   Fonte Maior   Fonte Padrão
  Cor Original   Contraste
Notícias

Ministro da Saúde admite que Brasil vive uma epidemia de sífilis


Data de publicação: 21 de outubro de 2016

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, admitiu que o país vive uma epidemia de sífilis. "Os casos subiram em número significativo. Estamos tratando o problema como epidemia até para que resultados da redução sejam mais expressivos possíveis", disse o ministro, durante o anúncio de uma estratégia para combater a doença.

O pacto, conforme o jornal O Estado de S. Paulo anunciou há duas semanas, pretende mobilizar profissionais de saúde e a sociedade para tentar reduzir o avanço da doença. Entre as medidas que serão adotadas está a ampliação de testes rápidos para diagnóstico da sífilis e o tratamento da doença em gestantes, até o primeiro trimestre da gestação.

Números antecipados pelo Estado indicam que pelo menos 50% dos casos de sífilis em gestante são diagnosticados no terceiro trimestre de gestação, quando as chances de se proteger o bebê já são bem menores do que quando a terapia começa na primeira fase da gestação.

Um dos braços do programa de enfrentamento prevê a realização de campanhas para que gestantes iniciem o pré-natal ainda no primeiro trimestre. De acordo com a diretora do programa de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, há ainda uma falsa ideia de que as mulheres devem esperar a barriga crescer para procurar o pré-natal.

Preço da penicilina deve aumentar

O governo brasileiro deve anunciar ainda na próxima semana o aumento do preço do antibiótico usado para o tratamento de sífilis e sífilis congênita, a penicilina. A medida é uma estratégia para incentivar a indústria a farmacêutica a produzir o medicamento, que está em falta no mercado há pelo menos dois anos.

Uma compra emergencial foi feita, mas o próprio governo sabe que a solução é temporária. Sem remédio, não há como o Ministério da Saúde levar adiante o pacto.

Nos últimos cinco anos, a doença avançou de uma forma nunca vista. A taxa de bebês com sífilis congênita em 2015 foi de 6,5 casos a cada mil nascidos vivos - 13 vezes mais do que é tolerado pela Organização Mundial de Saúde e 170% a mais do que o registrado em 2010.

A sífilis em gestante passou de 3,7 para 11,2 casos a cada mil nascidos vivos, um aumento de 202%. Para sífilis adquirida (denominação dada para sífilis na população em geral) a taxa é de 42,7 casos a cada 100 mil habitantes.

Para médicos e analistas ouvidos pela reportagem, os números da doença são em parte reflexo do desabastecimento do mercado.

O que causa a sífilis?

Causada por uma bactéria, a sífilis é transmitida por via sexual e da gestante infectada para o bebê. Para controlar o avanço da epidemia, é preciso que o tratamento seja feito pela pessoa infectada e por seu parceiro sexual. No caso de gestantes, a terapia tem de ser realizada nos primeiros meses da gravidez. Caso contrário, há um grande risco de o bebê ser infectado ainda durante a gestação e nascer com problemas que vão desde surdez até deficiência cognitiva.

O número de abortos relacionados à infecção também é significativo. Sem remédio, todas as medidas previstas no pacto - aumento do diagnóstico, preparo de equipes de saúde, esclarecimento de médicos - têm eficácia reduzida.

O antibiótico penicilina usado para combater a doença é considerado barato demais pela indústria farmacêutica. Por considerar pouco interessante, muitos fabricantes interromperam a produção, causando um desabastecimento. Diante da falta do antibiótico, que durou quase dois anos, o governo importou há alguns meses matéria-prima para o preparo do remédio em laboratórios credenciados.

A operação, no entanto, não foi simples. Como a matéria-prima não tinha registro no Brasil, um pedido excepcional de registro foi solicitado para Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida foi adotada e a crise do fornecimento do remédio, embora ainda não totalmente solucionada, vem aos poucos se regularizando.

O Ministério da Saúde sabe, no entanto, que a eficácia da medida é temporária. O problema aumenta porque, além de a indústria não ter interesse na fabricação do remédio, laboratórios oficiais não têm tecnologia para preparar a matéria-prima. Elas dependem da substância - preparada pelas empresas farmacêuticas - para produzir o medicamento.

A saída encontrada pelo governo foi atender ao apelo da indústria e aumentar o preço de R$ 6 para R$ 9. O aumento, que será sacramentado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos - um colegiado composto por representantes de Ministérios da Saúde, Fazenda, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - valerá para o consumidor. A ideia é de tornar o preço para as vendas ao governo mais baixo.

A saída já desperta críticas. Embora o argumento de urgência para encontrar soluções seja muito convincente, há quem defenda ainda uma estratégia para que laboratórios públicos se tornassem capazes de produzir a matéria-prima. O simples aumento de preço seria apenas para atender uma reivindicação da indústria farmacêutica.

Fonte: UOL

 


content_copy
Cópia de PAF

Cópia de PAF

folder_open
Solicitações de Documentos

Documentos

folder
Registro

Registro

sync
IRT

Ingresso de Responsabilidade Técnica.

info
Defesa de Auto de Infração

Defesa de Auto de Infração

newspaper
Recurso de Auto Infração

Recurso de Auto Infração




Redes Sociais

topo