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Pesquisa identifica células do Aedes infectadas pelo zika e cria 'antivírus'
Data de publicação: 27 de outubro de 2016
Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) identificou quais células do mosquito Aedes Aegypti são infectadas pelo vírus da zika. De acordo com os autores do projeto, o resultado abriu caminho para que fosse desenvolvidas estratégias de combate a esse mecanismo de transmissão e diminua o número de casos da doença. O trabalho foi realizado em laboratório e ainda vai passar por outros testes em animais e humanos.
Segundo a pesquisa, foram identificados 13 lipídios que servem de biomarcadores da infecção pelo vírus da zika. As células estão presentes no mosquito Aedes Albopictus, uma categoria semelhante à do Aedes Aegypti e que também pode transmitir a doença, assim como a dengue e a chikungunya.
A multiplicação da doença se dá através do aumento dos lipídios. As estruturas ficam na membrana da célula do mosquito e o vírus da zika reconhece essas moléculas como uma porta de entrada para ele se multiplicar.
“Essas moléculas já existiam na literatura, mas o que a gente fez foi identificá-las no processo de identificação viral para saber qual a função delas nesse processo de infecção e multiplicação”, afirmou o pesquisador da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp Carlos Fernando Melo.
Antivírus
Depois da identificação dos biomarcadores infectados pelo vírus da zika, os pesquisadores fizeram o caminho inverso e desenvolveram estruturas para evitar a multiplicação da doença. As moléculas são antivírus naturais produzidos pelo próprio organismo do mosquito. A “esfingofungina” evita que O zika se reproduza e pode se tornar a chave para a produção de medicamentos.
“Você pode fazer com que ela seja sintetizada, com que ela possa ser disseminada e, por exemplo, funcionar como um inseticida direto pro mosquito. Ou até mesmo ser formado ou criado um medicamento justamente para combater a infecção do zika em seres humanos”, disse o pesquisador Rodrigo Ramos Catharino.
O trabalho foi feito durante um ano para o mestrado de Carlos Fernando Melo, com orientação de Catharino. Também participaram o pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu (SP) Jayme Souza Neto, além de Luiz Proença Modena e Clarice Weis Arns, do Instituto de Biologia da Unicamp. Todos são integrantes da Rede de Pesquisa sobre Zika Vírus de São Paulo (Rede Zika).
Casos
Os 20 municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) têm, neste ano, 581 casos de vírus da zika. As cidades que mais registraram pacientes infectados foram Campinas e Sumaré (SP), com 520 e 56, respectivamente.
Fonte: G1
Antivírus
Depois da identificação dos biomarcadores infectados pelo vírus da zika, os pesquisadores fizeram o caminho inverso e desenvolveram estruturas para evitar a multiplicação da doença. As moléculas são antivírus naturais produzidos pelo próprio organismo do mosquito. A “esfingofungina” evita que O zika se reproduza e pode se tornar a chave para a produção de medicamentos.
“Você pode fazer com que ela seja sintetizada, com que ela possa ser disseminada e, por exemplo, funcionar como um inseticida direto pro mosquito. Ou até mesmo ser formado ou criado um medicamento justamente para combater a infecção do zika em seres humanos”, disse o pesquisador Rodrigo Ramos Catharino.
O trabalho foi feito durante um ano para o mestrado de Carlos Fernando Melo, com orientação de Catharino. Também participaram o pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu (SP) Jayme Souza Neto, além de Luiz Proença Modena e Clarice Weis Arns, do Instituto de Biologia da Unicamp. Todos são integrantes da Rede de Pesquisa sobre Zika Vírus de São Paulo (Rede Zika).
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