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Notícias

Anticorpo neutraliza zika em roedores


Fonte: O Estado de S.Paulo
Data de publicação: 8 de novembro de 2016

Cientistas dos Estados Unidos isolaram um anticorpo produzido no organismo humano que se mostrou capaz de reduzir drasticamente a infecção por zika em camundongos gestantes, evitando danos à placenta e impedindo a transmissão da doença para os fetos. O anticorpo também foi capaz de proteger animais adultos da zika.

De acordo com os autores da pesquisa, que teve seus resultados publicados ontem na revista Nature, a descoberta poderá acelerar o desenvolvimento de vacinas e também de terapias contra a zika. O anticorpo mostrou eficácia semelhante ao ser administrado tanto antes quanto depois da infecção pelo vírus em fêmeas grávidas.

Por causa das diferenças entre as características da gestação em humanos e em roedores, será preciso fazer novos estudos, mas a equipe liderada por James Crowe, da Universidade Vanderbilt, no Tennessee (Estados Unidos), acredita que a descoberta logo poderá ser útil para os esforços de desenvolvimento de uma vacina efetiva contra a doença. “Esses anticorpos são produzidos naturalmente pelo corpo humano.” Segundo Crowe, o novo anticorpo é a primeira demonstração de que um antiviral pode funcionar contra a zika. “Essa é uma prova do princípio de que o vírus é tratável durante a gravidez e nós já temos um anticorpo humano capaz de fazê-lo – pelo menos em camundongos”, afirmou.

Defesas naturais. Os anticorpos foram isolados a partir de glóbulos brancos obtidos do sangue de três pessoas que já haviam sido infectadas por zika. Depois de analisar 29 anticorpos encontrados no sangue dos pacientes, os cientistas descobriram que um deles – batizado de ZIKV-117 – mostrava-se especialmente potente, em testes preliminares, contra cinco diferentes linhagens do vírus.

“Não observamos nenhum dano aos vasos sanguíneos dos fetos, às placentas, nem qualquer tipo de problema de crescimento dos fetos tratados com o anticorpo, disse outra das autoras do estudo, Indira Mysorekar, da Universidade de Washington (Estados Unidos).

Para outro dos autores, Michael Diamond, de Washington, o tratamento poderá ser útil tanto como medida de prevenção quanto como terapia.


 
Fonte: O Estado de S.Paulo
Autor: Fábio de Castro


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