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Especialistas estão em alerta para epidemia de dengue e chikungunya neste


Data de publicação: 24 de novembro de 2016

O total de casos de dengue notificados no Paraná neste início do novo ciclo do mosquito Aedes aegypti parece mostrar um cenário menos agressivo da infecção no estado: são 5.417 notificações já registradas entre agosto e terça-feira (22) contra 7.966 em um período semelhante de 2015 (agosto a 25 de novembro). Mas o avanço dos números pode ter sido contido por uma primavera mais gelada do que o comum, alertam os especialistas, que continuam a temer grandes prejuízos provocados pela epidemia.

Segundo o Simepar, as temperaturas realmente estão pouco mais baixas do que o comum para essa época do ano na região de Curitiba, embora no interior do estado o calor já esteja adequado. “A situação é resultado de efeitos locais que ainda favorecem a entrada de massas de ar frio”, explica o meteorologista Reinaldo Kneib.

Mas a conjuntura climática deve ganhar ares mais propícios para a estação nas próximas semanas, fortalecendo o habitat ideal do mosquito transmissor da dengue. É certo que a infestação do vetor é sempre mais intensa entre a primavera e o verão, uma vez que são períodos de elevação da temperatura e da intensificação de chuvas, fatores imprescindíveis para a eclosão de ovos do mosquito.

“O pior está por vir”, alerta a médica Carla Sakuma, da Sociedade Paranaense de Infectologia (SPI). Ela atribui a queda no número de casos notificados no começo deste ciclo, em comparação com o ano passado, aos termômetros mais tímidos em algumas partes do Paraná, mas acredita que a luta deve ser tão ou mais intensa do que no ciclo anterior.

“No ano passado já estava bem quente esta época do ano. Como a dengue é uma doença sazonal, todo mundo tem que estar consciente e evitar qualquer tipo de água parada para evitar a proliferação do mosquito. Porque agora a tendência é crescer [os casos]”.

Raul Junior Bely, chefe da Divisão de Informações Epidemiológicas da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirma que ainda é impossível prever o comportamento do mosquito nos próximos meses. Ele ressalta o investimento do estado em políticas de combate ao vetor afirma que pesa o fato de que, no Paraná, 70% dos depósitos de procriação do Aedes ainda são relacionados a lixo doméstico. “Isso significa que não basta o gestor contratar, investir e fazer. Tem que ter parceria e sensibilização da população”, destaca.

Verão do chikungunya?

“Acho que a própria gripe esse ano nos mostrou que qualquer previsão que a gente fizer pode cair por terra”, reforça Marion Burger, pediatra e infectologista do grupo técnico da Sesa. A médica opina que dengue pode voltar a surpreender entre 2016 e 2017, mas ressalta que gestores públicos e a população devem ficar atentos neste ano à febre chikungunya, além dos alertas para dengue e zika.

Dados do mais recentes do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostram que, durante todo ao ano de 2015, foram registrados no país 38.332 casos prováveis de febre de chikungunya. E neste ano, até o momento, os casos prováveis já somam 236.287 registros – um aumento de mais de 500%. No mesmo período, os óbitos saltaram de seis para 120.

“É uma sequência. Depois da dengue foi o zika, e, agora, o chikungunya”, ressalta Marion. “E todos nós temos que redobrar a atenção. A febre chikungunya, quando atinge grandes populações, tem se mostrado também muito agressiva”. No Paraná, foram confirmados quatro casos da febre este ano.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2004 o vírus já foi identificado em 19 países. No Brasil, o Ministério da Saúde definiu que devem ser consideradas como casos suspeitos todas as pessoas que apresentarem febre de início súbito maior de 38,5ºC e artralgia (dor articular) ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua.

Fonte: Gazeta do Povo


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