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Hospital de Curitiba é referência nacional em prescrição farmacêutica e conciliação de medicamentos


Fonte: Assessoria de Comunicação / CRF-PR
Data de publicação: 2 de abril de 2019

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Hospital VITA Batel evidencia o papel indispensável do farmacêutico à saúde de seus pacientes

 

A evolução histórica da farmácia hospitalar no Brasil está vinculada à estruturação do complexo médico industrial. A partir do século XX, o farmacêutico se tornou o profissional de referência para a sociedade nos aspectos do medicamento. Além de dispensar o medicamento, o farmacêutico hospitalar era responsável também pela manipulação. Hoje, o farmacêutico está ainda mais inserido dentro dos processos clínicos, administrativos e econômicos, garantindo sempre o uso seguro e racional dos medicamentos que serão prescritos pelos profissionais.

Com os modelos de assistência à saúde passando por profundas e sensíveis transformações, diversos fatores provocam mudanças na forma de produzir o cuidado das pessoas, contribuindo para a redefinição da divisão social do trabalho entre as profissões da saúde. É fato que, em vários sistemas, profissionais não médicos estão autorizados a prescrever medicamentos. É assim que surge o novo modelo de prescrição como prática multiprofissional. Esta prática tem métodos específicos para cada profissão e é efetivada de acordo com as necessidades de cuidado do paciente, e com as responsabilidades e limites de atuação de cada profissional. Isso favorece o acesso e aumenta o controle sobre os gastos, reduzindo assim os custos com a provisão de farmacoterapia racional, além de propiciar a obtenção de melhores resultados terapêuticos.

É isso que é defendido na Resolução nº 586 de 29 de agosto de 2013 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que dispõe sobre prescrição farmacêutica. Ao regular a prescrição farmacêutica, o CFF buscou consonância com as tendências de maior integração da profissão farmacêutica com as demais profissões da área da saúde, reforçando a missão de zelar pelo bem-estar da população e de propiciar a valorização técnico-científica e ética do farmacêutico.

O Paraná, por sua vez, possui uma das maiores referências em prescrição farmacêutica de todo o país. O Hospital VITA Batel, localizado em Curitiba, presta um serviço de excelência com uma equipe multiprofissional, no qual o papel do farmacêutico é valorizado e entendido como fundamental para realizar tratamentos eficazes aos seus pacientes. Isso não somente na prescrição, mas também na conciliação de medicamentos. Se o farmacêutico é o profissional do medicamento, sua inserção na análise dos medicamentos utilizados pelo paciente é inquestionável. A “O Farmacêutico em Revista” foi até o hospital VITA Batel realizar uma entrevista com a Dra. Greyzel Emília da Silva Alice Benke, farmacêutica chefe da Farmácia, para entender um pouco mais sobre as atividades da instituição, que obteve a certificação de acreditação internacional canadense de qualidade, no que diz respeito a prescrição farmacêutica e conciliação de medicamentos.

O que é conciliação de medicamentos?

A conciliação de medicamentos é um processo obrigatório de segurança do paciente que faz a comparação da lista dos medicamentos que o paciente faz uso em casa com a prescrição do internamento. É um processo multidisciplinar que envolve vários profissionais, como médicos, enfermeiros e farmacêuticos, e até o próprio paciente ou familiar/responsável. No Hospital VITA Batel, essa é uma prática obrigatória.

Em suma, a equipe precisa saber quais são os medicamentos que o paciente faz uso contínuo antes da entrada no hospital, receitados para tratar ou controlar doenças crônicas, para que o médico e farmacêutico verifiquem se será necessário a continuidade dentro do ambiente hospitalar.

Como é o processo de conciliação de medicamentos?

Dentro do Hospital VITA Batel, não há apenas um profissional responsável por esse processo e sim, toda a equipe. O processo começa com a equipe da recepção. Todo paciente que entra, para internamento, junto com toda documentação necessária, responde a uma pesquisa farmacêutica. Este é o momento da participação da família e do paciente.

A pesquisa busca informações, como uso contínuo de medicamentos e se, no caso, os mesmos foram trazidos ao hospital. Aqui também é possível saber se o paciente tem algum tipo de alergia conhecida a algum medicamento.

As pesquisas farmacêuticas são recolhidas diariamente pela equipe de Farmácia e inseridas em prontuário eletrônico dos pacientes pelos farmacêuticos responsáveis. A equipe de enfermagem faz novamente esse questionamento durante a internação e acrescenta informações, se necessário. Dentro do nosso sistema, acessado por todos os profissionais que atuam nesta equipe multidisciplinar, existem dois espaços para acrescentar informações sobre uso de medicamentos, o “histórico do paciente” e “medicamento em uso”. Caso não exista uso, sugerimos que os profissionais escrevam de forma explícita esta informação no prontuário para não gerar nenhum tipo de dúvida.

O próximo personagem do processo é o médico. Ele avalia os medicamentos que o paciente faz uso contínuo em casa e define se será necessário o uso no hospital. Se o medicamento não for padronizado e é preciso continuar o uso, o médico inclui na prescrição. Assim, a equipe já sabe que é um medicamento que o hospital não tem e que será utilizado do próprio paciente. Todos os medicamentos são descritos na história clínica do paciente e na evolução, acrescentado da posologia, horário de administração e outras informações pertinentes ao uso.

Qual a participação do farmacêutico?

Depois do médico, entra a parte da Farmácia. Com a pesquisa e informações dos prontuários dos enfermeiros e médicos, os farmacêuticos do Hospital VITA Batel abordam o paciente juntamente com seus familiares a beira do leito para confirmar as informações. Na UTI, diariamente é feita esta abordagem durante a visita multidisciplinar, debatendo com toda a equipe de profissionais a situação do paciente. Quando o paciente traz os medicamentos ao hospital, a Farmácia verifica lote, integridade, unidades e validade, preenchendo um documento para registro interno.

É importante destacar que, a partir do momento que paciente entra no hospital com um medicamento e continuará utilizando o mesmo durante o internamento, a responsabilidade é da equipe multidisciplinar. Então, é preciso verificar a integridade e anotar todas as informações possíveis. Se acontecer, por exemplo, algum recolhimento pela Anvisa, o farmacêutico precisa saber o que está dentro do hospital para tomar as medidas cabíveis.

Todos os pacientes que passam pelo hospital recebem o serviço de conciliação de medicamentos?

Na UTI, são 100% dos pacientes. Nas unidades de internação, todos os pacientes clínicos e os cirúrgicos que ficam acima de 24 horas. É importante destacar que a conciliação de medicamentos não fica somente na admissão, mas também na transferência de nível assistencial, ou seja, por exemplo, quando o paciente está na UTI e foi transferido para à Unidade de Internação.

Além da conciliação de medicamentos com o paciente internado, através da estimativa de alta, realiza-se a orientação de como fazer o uso de seus medicamentos em casa.

Existem pacientes que se recusam a entregar os medicamentos ao hospital?

Sim. Quando o paciente traz o medicamento e é avaliado que o uso deve ser continuado dentro do hospital, o médico precisa prescrever. Após a prescrição, alguns pacientes se recusam a entregar o medicamento, já que a guarda e administração deve ser feita pela equipe de enfermagem. Com a recusa, o hospital aplica um termo de responsabilidade, onde o paciente se diz ciente de alguns riscos, como reações adversas e erros na administração do medicamento dentro do quarto. Essa é mais uma etapa que o paciente ou familiar participa dentro do processo de conciliação de medicamentos.

Outra situação em que aplicamos o termo é quando o paciente traz o medicamento de casa, o mesmo já padronizado no hospital. Assim, a equipe faz identificação do medicamento próprio do paciente com uma etiqueta informando que não há necessidade de utilizar durante a internação.

Quando o medicamento não está prescrito e o paciente relata que faz uso do medicamento, o que é feito?

Esse processo chamamos de intervenção farmacêutica. Sempre que existir alguma divergência entramos em contato com o médico. Quando ele aceita a intervenção, ou seja, entende que o paciente necessita do uso do medicamento, ele inclui na prescrição ou autoriza o farmacêutico para realizar a adequação no sistema. Esse protocolo tratamos como prescrição farmacêutica. O farmacêutico faz parte da terapia medicamentosa, então, é o profissional que está de olho na segurança do paciente quanto ao uso dos medicamentos.

Quais foram as principais mudanças perceptíveis com a implantação da prescrição farmacêutica dentro do hospital?

Após a implantação da prescrição farmacêutica no Hospital VITA Batel, percebemos que a adesão a prescrição correta de medicamentos aumentou. Portanto, a equipe multiprofissional passou a funcionar melhor. Antes, o farmacêutico comunicava o médico e o mesmo, sem tempo hábil, demorava algumas horas para alterar a prescrição no sistema. Por conta disso, o paciente ficava horas sem o medicamento ou usando sem conhecimento da equipe. Agora, o processo ficou mais ágil e fácil. Existem outras situações, como mudanças do horário da terapia. Se o paciente é acostumado a fazer o uso do medicamento às 8h, mas está prescrito para às 14h, o farmacêutico entra em contato com o médico para saber se existe a possibilidade de alteração. Se sim, o próprio farmacêutico pode alterar a prescrição no sistema.

Todas as etapas são registradas no sistema, até a recusa da intervenção do farmacêutico. É muito importante o apoio da superintendência do hospital, como temos aqui no Hospital VITA Batel. Foi feita toda uma campanha de conscientização sobre os benefícios do auxílio do farmacêutico. A palavra do médico sempre será a última quando falamos dos prontuários, mas a nossa intervenção serve para agilizar o processo intensificando a segurança durante o período de internação.

Quais as próximas etapas e os planos para o futuro?

Gostaríamos muito de atender todos os pacientes, inclusive os cirúrgicos abaixo de 24 horas. Ainda é uma perspectiva fora do nosso alcance, por conta do número de funcionários. Porém, é um projeto para o futuro. A importância da estruturação da equipe é fundamental para o sucesso dos nossos processos. Com o advento da conciliação de medicamentos, foi preciso duplicar o número de farmacêuticos dentro do nosso quadro de trabalho, principalmente para conseguirmos atender os pacientes nos leitos e inseri-los no processo do tratamento.

Visando otimizar o processo de prescrição dos medicamentos de uso contínuo do paciente e também para garantir a segurança assistencial, temos a intenção de futuramente implantar o consultório farmacêutico na etapa de internação do paciente. Neste processo, o profissional farmacêutico fará a abordagem do paciente ou familiar e realizará prescrição farmacêutica dos medicamentos que o paciente relata alergia, como também, os medicamentos em que faça uso contínuo, otimizando a administração das primeiras doses do medicamento e realizando barreira de segurança na farmacoterapia.

Para saber mais sobre o assunto, confira a entrevista em vídeo com a Dra. Greyzel Benke.

 

  

Leia mais na 126ª edição da "O Farmacêutico em Revista". Acesse!​​ 

 


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